segunda-feira, 28 de maio de 2007

Champagne

O Champagne é um vinho branco espumante produzido na região de Champagne-Ardenne, no nordeste da França, cuja capital é Epernay. Foi próximo a Epernay no povoado de Hautvillers que os monges Don Perignon e Don Ruinart, se esforçaram muito para domar os vinhos que fermentavam novamente na garrafa. O processo de fabricação é demorado e caro sendo praticamente o mesmo de séculos atrás. A principal alteração no processo foi introduzida por Nicole Ponsardin a viúva de Felippe Clicquot que desenvolveu um método para retirar todo o fermento da garrafa. Antes disso o Champagne era turvo e com aroma residual de levedo. Um Champagne comum leva pelo menos 2 anos para ficar pronto e os especiais até 5 anos. Ficam estocadas nos subterrâneos das cidades nos Crayéres, que são túneis cavados no giz. A casa Moët et Chandon tem 28km de túneis onde estão estocadas milhões de garrafas esperando a conclusão do processo de fabricação.












Crayére da Moët et Chandon

Quanto as uvas utilizadas, são três: a Chadonnay (em maior proporção), a Pinot Noir e a Pinot Meunier. Estas últimas são uvas tintas mas os vinhos utilizados, elaborados sem a casca, são brancos.
O Champagne é um corte (mistura de vinhos em proporções determinada pelos enólogos) de trinta a até cerca duzentos vinhos brancos e em alguns casos tintos também. O Champagne tradicional é feito com um corte de cerca de 30% de vinhos brancos de uvas tintas, o Rosé com cortes de vinhos tintos, o Blanc de Blanc, apenas com uvas brancas e o Blanc de Noir, elaborado apenas com uvas tintas.

Podemos ter seis classificações conforme o teor de açúcar adicionado para a segunda fermentação: Doux, Demi-Sec, Sec, Extra-Sec, Brut e Extra-Brut. Devido às sutis diferenças de paladar, os mais fabricados e vendidos são o Demi-Sec e o Brut.
A maioria dos Champagnes não são safrados, apenas nas vindimas excepcionais são produzidos os Milésimes, que declaram a safra. Quando as Pinot também provém de uma ótima vindima são produzidos os Milesimes Rose, que são os mais caros vinhos de Champagne. O último grande ano foi 1999.
Existe ainda mais uma classificação importante: a da qualidade do vinhedo de onde provém a uva. Cada região é chamada de Cru. Quando temos condições muito boas de solo e micro-clima o vinhedo é classificado Premiere Cru e quando esta condições são impecáveis, chamamos Grand Cru.
Um dos motivos que elevaram a fama deste fantástico vinho foi o fato de que em Reims, cidade mais importante de Champagne, foram coroados quase todos os grandes reis da França. A coroação acontecia na catedral de Notre-Dame de Reims construída em 1225 e nas comemorações era servido muito Champagne. Por este motivo o Champagne ficou conhecido como o vinho dos Reis.
Se você um dia se deparar com um Milésime Grand Cru tenha certeza que este será um dos melhores Champagnes possíveis de produzir. Sirva a cerca de 4 a 6 graus et Santé!

Um comentário:

Moser disse...

Excelente Don Rebson
oportuno e pertinente, como seu padrão de qualidade