quinta-feira, 31 de maio de 2007

Brunello di Montalcino

Encrustrada sobre uma das colinas do sul da Toscana, na Itália, está Montalcino. Uma pequena cidade medieval toda de pedra, ou quase. Ruas estreitas e ingremes, pouco movimento, nada parece denunciar que nos arredores seja feito o que talvez seja o melhor vinho Italiano: o Brunello di Montalcino.
Estive em Montalcino para conhecer de perto como são produzidos estes magníficos vinhos e obviamente para prová-los, quanto mais fosse possível. Na rota sugerida por meu irmão, um grande apreciador dos Brunellos, Montalcino ficou por último, visitamos o antes o Piemonte com seus Barolos e Barbarescos. Depois, na Toscana, os Chianti, Nobile de Montepulciano e finalmente os Brunellos di Montalcino. É importante descrever esta rota, pois todos estes grandes tintos toscanos tem como principal cepa a sangiovese e é incrível como esta uva se apresenta com características diferentes em cada um destes vinhos.
A região de Montalcino é impar quanto a solo e clima na Toscana.
Um Brunello deve ser feito com a variação clonal, de mesmo nome, da sangiovese. Os vinhedos são rigorosamente delimitados e o vinho deve emvelhecer por 4 anos sendo 2 deles em barris de carvalho. No caso dos riserva o período de maturação aumenta para 5 anos, senod 2 e meio em barris de carvalho.
Podemos distinguir, basicamente, dois estilos na produção dos Brunello: o tradicional e o moderno. Os produtores tradicionais utilizam grandes barris de carvalho esloveno e os mais modernos optaram por barris menores de carvalho francês. É principal diferença entre os dois é que o carvalho novo francês resulta em um vinho um pouco mais aromático e estruturado.
É provar para ver qual estilo mais lhe agrada.
Existem muitos bons produtores do Brunello di Montalcino, destaque para o Biondi-Santi que foi o primeiro Brunello feito somente com o clone Brunello isolado em 1870.
Visitar uma Azienda produtora de Brunello não é tão fácil, mas com paciência e boa vontade podemos conhecer bem o vinho, sua produção e pessoas fantásticas como a Dona Gilda, da Ferro di Buroni Carlo. O Ferro é um dos melhores custo/benefício entre os Brunellos.
Não deixe de provar também o Poggio Antico, o Conti Constantini, o Gorelli, o Cerbaiona di Diego Molinari e o explosivo Casanova dei Neri, este último um contraponto ao estilo antigo.
Salute!

Um comentário:

Moser disse...

tem que indicar o preço